Fruto da relações cada vez mais estreitas entre clubes de futebol e televisões, não vai sendo possível, nos dias de hoje, encontrar comentadores isentos na interpretação dos lances. Longe vão os tempos em que Artur Agostinho ou Jorge Perestrello gritavam a plenos pulmões o golo, fosse o mesmo do Benfica, do Sporting ou do F.C da Rebordosa...
Hoje, os comentadores são afectados pela clubite intrínseca e não conseguem disfarçar a irritação e a parcialidade quando os lances não correm de feição às cores que lhes correm no sangue. A este fenónemo nao são alheio os negócios das transmissões, nem tão pouco um qualquer Luís Filipe Vieira a ulular contra tudo e todos, a arvorar-se em criador legislativo e em suma, a ser mal-educado; 40 dias, no meu entender, seriam bem substituídos por 2 ou 3 jogos à porta-fechada.
Com o Benfica com possibilidades matemáticas de ser campeão, começou a tremideira dos árbitros que cedem aos gritos selváticos da onda encarnada nas bancadas. Foi assim em 2005, em que o medo de apitar contra os da casa - e bem se sabe como nessas alturas há estádios do Benfica por todo o país - foi decisivo na avaliação de golos mal validados contra Sporting, Estoril ou Nacional da Madeira entre os que me recordo. Em Aveiro, Lucílio Baptista foi mais uma vítima da febre encarnada ao assinalar um penalty completamente disparatado ao cair do pano. E veremos que mais se vai seguir...
. Alguém soprou para aqui a...