Terça-feira, 26 de Dezembro de 2006
Terminou mais uma época natalícia. É tempo de colocar no balanço os gastos e as perdas, lamentar as prendas recebidas por contraponto às oferecidas, concluir que afinal não somos os familiares predilectos daquela tia lá de longe que teve a desfaçatez de nos oferecer chocolates mesmo sabendo de antemão que a balança não tem sido simpática connosco. Para isso contamos com o generoso dia que o Governo nos concedeu a todos...a todos menos aos trabalhadores camarários portuenses, que por pirraça do seu presidente se vêm obrigados a voltar à actividade no dia de hoje. Com esta estranha Rui Rio parece quer protagonizar o episódio da rã que explodiu de tanto se fazer inchar. Depois de ganhar o braço-de-ferro com o sultão Pinto da Costa, a melhor forma que o autarca encontrou para se demarcar do presidente portista foi apostar na prepotência e excesso de autoridade tão peculiares no seu próprio arqui-inimigo. A última vez que vimos uma rã explodir de tão desacerto político e postura arrogante foi o actual Presidente da República quando era primeiro-ministro e resolveu tirar o Carnaval aos portugueses. Estou ansioso que Rui Rio nos explique a curto-prazo os benefícios que este disparate teve nas finanças municipais e nacionais ou para o crescimento do PIB...