Sábado, 31 de Março de 2007
"É incompetente, sai!". - Foi desta forma que o Ministro das Finanças se referiu à nova legislação que prevê o despedimento dos gestores públicos em caso de presumível má gestão. " Faz o que eu digo, não faças o que eu faço" é o lema do Governo uma vez que o Ministro da Economia continua em plena funções...
Vem agora o Tribunal Constitucional acusar este e executivos anteriores de má gestão, falta de transparência nos números apresentados e de admissão exagerada de novos funcionários,ou seja tudo ao invés das lições de moral que estes senhores apregoam diariamente atirando areia para os olhos do Zé Povinho.
- Senhor Ministro das Finanças, vamos aplicar a (vossa) lei ?
Segunda-feira, 26 de Março de 2007
FINAL DE DO PROGRAMA "OS GRANDES PORTUGUESES"
O NOSSO AGRADECIMENTO A TODOS OS QUE PARTICIPARAM
No passado Domingo, dia 25 de Março os telespectadores escolheram entre os 10 finalistas o "Grande Português".
E são os seguintes os resultados finais da votação:
1º António de Oliveira Salazar - 41,0%
2º Álvaro Cunhal - 19,1%
3º Aristides de Sousa Mendes - 13,0%
4º D. Afonso Henriques - 12,4%
5º Luís de Camões - 4,0%
6º D. João II - 3,0%
7º Infante D. Henrique - 2,7%
8º Fernando Pessoa - 2,4%
9º Marquês de Pombal - 1,7%
10º Vasco da Gama - 0,7%
Nº total de votos válidos recebidos: 159.245
Nº total de chamadas recebidas: 214.972
Fonte RTP
Sábado, 24 de Março de 2007
Desde 1986, data da adesão europeia, que os nossos governantes nos tentam convencer que é necessário alinhar pelo diapasão continental, que, para entrarmos neste grande mercado deixaria de haver exclusividade, leis proteccionistas ou o que quer que se assemelhasse, porque as fronteiras estariam livres e todos poderiam entrar neste hiper-espaço comercial sem qualquer restrição. Assim, o nosso mercado foi invadido pelas maçãs e laranjas sem qualquer sabor enquanto as nossas - as mais saborosas - eram enterradas pelos agricultores; foram entregues subsídios para jipes, perdão, para diminuir a produção de cereais, tudo em nome da convergência; permitimos a entrada de carne de origem duvidosa e fomos acusados de inércia pelo déficit de criatividade negocial. Milhares de empresas e produtores faliram, por falta de competitividade mas sobretudo porque, na maioria das vezes, preferimos guardar os escrúpulos e não embarcar em políticas de ultraje ao consumidor. Nada mais nos poderia proteger porque os sucessivos governos escancararam as suas nádegas até onde puderam.
Neste contexto, viémos agora a saber que a equipa de ciclismo Unibet.com, empresa on-line de apostas belga, está impedida de correr em França porque existe legislação francesa que impede a concorrência estrangeira neste sector. Afinal? As portas estão abertas ou entreabertas? Ou semi-abertas para uns países e de par em para outros?
Uma coisa é certa; Cavaco silva e o governos de Guterres e Durão Barroso preferiram construir o Centro de Cultural de Belém, organizar o Euro, construir auto-estradas que poucos podem pagar para inglês ver -europeu neste caso, enquanto as nossas fábricas encerravam e os nossos campos se transformavam em meros asilos de toupeiras. Tudo em nome do mercado único sem fronteiras. Pelos vistos imperativos que só existem só para os mais pobres ou para os que se deixaram iludir pelo vil metal...
Terça-feira, 20 de Março de 2007
Primeiramente acusado de tirania e implacabilidade por grande parte dos funcionários camarários, o Presidente Condenado resolve abrir mão da sua generosidade e apresentar em suporte de papel a lista de dias a ser gozada por estes passando imediatamente a herói concelhio (óbvio!).
Os funcionários camarários estão ainda imunes à onda de perseguição que o Governo moveu a todos os funcionários do Estado (politique oblige). Poucos funcionários se podem gabar, no tempo presente, de serem transportados à custa do Estado, de arrumarem as ferramentas às 15h30, esperarem pelo transporte respectivo às16 e de comerem uma "bucha" de hora a hora. Há ainda sectores onde o Governo não consegue impor o seu sentido ditatorial porque a democracia que foi erigida em Portugal enveredou por alguma imperfeição...
Quarta-feira, 14 de Março de 2007
O governo gere inteligentemente a sua popularidade com vista à obtenção de um uma nova maioria absoluta. Ao ter como alvo principal o funcionalismo público com uma série de medidas que não visam apenas o emagrecimento da máquina estatal, mas também a introdução de medidas arbitrárias, aleatórias, geradoras de instabilidade, conduzindo a penalizações por falta de afinidade que em última instância poderão levar ao despedimento de funcionários competentes que não caíram nas boas graças do director ou que recusaram a um jantar à luz das velas, com estas medidas, o governo lança um piscar de olhos à classe empresarial para assumir idêntico comportamento mas... apenas após as próximas eleições. O primeiro-ministro considera fulcral não mexer - ainda - no sector privado, legislando no sentido de uma maior facilidade de despedimento, porque não quer comprometer uma nova vitória em 2009. Por enquanto, o número de funcionários públicos descontentes - a grande maioria - não é suficiente para abalar a máquina eleitoral do PS, mas o país terá de ser mais rigoroso para equilibrar o déficit e, segundo especialistas estrangeiros, isso passa, inevitavelmente, por uma legislação mais flexível no que toca aos despedimentos. Com dois mandatos como primeiro-ministro, José Sócrates terá, então, garantido uma reforma por inteiro e um cargo na União Europeia e marimbar-se-á, como fez Durão Barroso, para Portugal e para os portugueses.
Domingo, 11 de Março de 2007
No concelho de Vila Viçosa estão para fechar os postos da GNR de Bencatel e de São Romão o que significa que se por acaso planear um qualquer assalto, caros ladrões deste país, dispõem respectivamente de cerca de 30 minutos para os efectuar em Bencatel e de cerca de uma hora em São Romão. Lendo isto e outras coisas análogas deste Governo não posso deixar de esboçar um sorriso quando ouço personalidades afirmarem que este executivo tem um instinto reformador. Reformador ou devastador?
Quinta-feira, 8 de Março de 2007
À hora que escrevo estas linhas, muitas mulheres por este país fora, prolongam o horário de almoço até ao fim de tarde com a complacência patronal, conhecem os efeitos do álcool no organismo e compreendem o quão têm sido injustas com os maridos a esse propósito, extravasam limites, dão largas à alegria por ser Dia da Mulher, o que para muitas feministas, é a maior afronta às mesmas e o mais machista de todos osdias do Ano.
Pela forma como evoluiu a sociedade, justificar-se-ia um dia específico para a mulher?E porque não um Dia do Homem? São as mulheres que ocupam a maior parte dos cargos de chefia, são independentes economicamente, são as que obtêm melhores resultados escolares, têm mais esperança de vida e ainda assumem a liderança no lar em todos os aspectos. Então que se pretende evidenciar com este dia? Há ainda algum território por conquistar ao homem?
Domingo, 4 de Março de 2007
Segundo consta no semanário "Sol" o secretário de Estado da Educação, Valter de Lemos, foi chamado pelos "boys" do PS que têm o diploma de professor mas que , tendo preferido ceder ao apelo do povo para que os representasse (depois de muita insistência), se vêem privados de aceder à categoria de "super-professor", à luz das disposições documentais. Depois de cada um "puxar a brasa à sua sardinha", Valter de Lemos não aguentou mais, amarrotou os papéis e vociferou contra os representantes do povo. Esperavam o quê os deputados do PS? Que não tendo respeito pelos professores nem pelo sistema de ensino tivesse respeito por eles, simples deputados?